sábado, 26 de abril de 2008

O Conto Das Treze Horas


Os bonecos de corda do relógio vão se torcendo e retorcendo

ao subir as longas escadas espirais, planejando uma rebelião.


Jade, âmbar, e a ágata listrada.


As cruéis Alices preocupam-se em deixar as sereias com

asas inorgânicas e caídas e os anjos com escamas de vidro.


O pesadelo de uma bela cor cintilante, visível somente no mar

de celofane onde dorme o dugongo, faz jogar pela janela a caixa

de música quebrada com a chave preta. E faz gotejar e encolher

a culpa na planta dos pés brancos dos jovens que brincavam

vidrados com o jogo proibido dos mitomaníacos.


Arranca-lhe sem dó o seu mórbido espinho opaco e pontiagudo.

A Mamãe Ganso das treze horas... Ao entrar no labirinto

do tempo, a porta nunca mais se abrirá.

Porém , ninguém percebe isso.


(Era pra mim ter colocado ao mesmo tempo que sr. Rodrigo, mas como não foi possivel, estou colocando agora, com um pouquinho de atraso!)

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi!!! Por acaso você tem a versão dele em inglês???
Estou atrás do Conto das treze horas em inglês e não consigo achar...
Se tiver, podia envioar p/ esse e-mail: jun_nekoi@hotmail.com
Grata~ ^^
Muito legal seu blog!
O meu eu acabei desistindo por falta de tempo~ o-o'